Reverenciar
a graça da vida deveria ser do nosso cotidiano. No entanto, passamos
dias e dias virando o rosto para o sol, desdenhando das provas extraordinárias
que a cada passo nos defrontamos. Excluir-nos, por rancor ou orgulho, do palco
da vida, é a grande ingratidão! Viver é participar do clima, é sentir orgulho
da consciência, nosso dom exclusivo.
E, verdadeiramente, não valorizar o dom da vida
é a grande prova de desamor. William Shakespeare afirmou: “não amam os que não
mostram seu amor”.
Quão
tolos, ingratos, desmerecedores, somos em reclamar do sol, odiar a chuva,
fechar os olhos para o colorido da vida!
Talvez
sejamos o alvo de Lucrécio, que disse: “cansados, saciados do espetáculo dos
céus, nós não nos dignamos mais erguer nossos olhos para esses templos de luz”.
Se
nos cansarmos do espetáculo da vida, só nos restarão as
ausências dos templos de luz que a morte nos impingirá.
Amo
a vida. Só não aprendi, ainda, a demonstrar-lhe meu amor.
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