quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Reverência à vida!


        Reverenciar a graça da vida deveria ser do nosso cotidiano. No entanto, passamos dias e dias virando o rosto para o sol, desdenhando das provas extraordinárias que a cada passo nos defrontamos. Excluir-nos, por rancor ou orgulho, do palco da vida, é a grande ingratidão! Viver é participar do clima, é sentir orgulho da consciência, nosso dom exclusivo.
        E, verdadeiramente, não valorizar o dom da vida é a grande prova de desamor. William Shakespeare afirmou: “não amam os que não mostram seu amor”.
            Quão tolos, ingratos, desmerecedores, somos em reclamar do sol, odiar a chuva, fechar os olhos para o colorido da vida!
            Talvez sejamos o alvo de Lucrécio, que disse: “cansados, saciados do espetáculo dos céus, nós não nos dignamos mais erguer nossos olhos para esses templos de luz”.
            Se nos cansarmos do espetáculo da vida, só nos restarão as ausências dos templos de luz que a morte nos impingirá.
            Amo a vida. Só não aprendi, ainda, a demonstrar-lhe meu amor.

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