Em outubro,
postei:
O que somos e o que não somos”.
1. O inimigo e o
culpado.
Temos,
cada um, um inimigo (genético). Eu tenho um. Mental. Quando sou contrariado, ou alguma
coisa não vai bem, eu parto pra briga, chutando, berrando, dizendo-lhe um
milhão de verdades. Às vezes até me pego gesticulando e fazendo caretas. A
minha sorte é que o meu verdadeiro inimigo, o real, já foi enfrentado por meus
antepassados. Melhor assim.
Esses
“inimigos” não estão em cavernas. Cada um elege um próximo, colega ou parente.
O
segredo do bem viver está em descobrir quem foi o nosso infeliz eleito. Se
inimigo mental, quando ele insistir em aparecer, devemos mandá-lo de volta para
a pré-história. Se real, transmutá-lo em amigo.
Não
há como conviver com inimigos. As culpas são invencionices de cabeças com 4.000
anos, ou mais.
Hoje, lendo “Como viver”, de Sarah Bakewell (biografia de Montaigne), pag. 154, lá está:
Hoje, lendo “Como viver”, de Sarah Bakewell (biografia de Montaigne), pag. 154, lá está:
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“Pascal elegeu em Montaigne “o grande adversário”, para tomar de empréstimo uma
frase empregada pelo poeta T. S. Eliot para se referir à relação entre os dois.
É um tipo de linguagem habitualmente reservado ao próprio Satã, mas a alusão procede,
pois Montaigne era para Pascal tormento, sedução e tentação.”
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