A
dor.
Um
homem solitário é muito pouco.
É
uma estátua nua, esquecida, de porão.
É
um alvo exposto, vulnerável a todo açoite,
qual
figueira no campo,
apêndice
da vastidão.
Um
homem só conta? Pra ninguém, não.
A
solidão espreme sempre mais, no nicho do torpor, o premido premiado.
Oh,
enganosidades d’alma!
Um
homem só, abandonado,
sem
respostas, sem ofertas, desamado,
mais
e mais se afunda no seu mundo condenado.
O
choro de um homem solitário é trovão estarrecedor.
É a
morte em pleno, em um dia.
É estrangulamento,
pura agonia.
É
uma merda, um cocô, um estertor.
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